Vida de casada/o não é fácil, mas faria tudo de novo!
Eu disse sim a uma nova etapa da minha vida, às novas conquistas, novas experiências. Eu disse sim ao amor, ao diálogo, à compreensão, à união e também à família. Mas, eu também disse sim a certos desentendimentos, à faxina – nem sempre rs... –, ao orçamento familiar. É como dizer um não à liberdade que se tinha antes, mas, também, é dizer um não à cama de solteiro.
Chorei durante algumas noites depois que me casei – sério!!! Era como se a casa dos meus pais não fosse mais minha, entretanto, a minha era um local estranho. Eu estava sem lugar. E é horrível sentir isso!!! Mas passa...
Não existe fórmula milagrosa para um casamento dar certo. São algumas regrinhas de convivência que os dois constroem com o tempo, e varia muito de casal para casal. Por isso, o diálogo é fundamental!
Tem uma visitinha que insiste em aparecer: a rotina! Mas, a rotina não é privilégio do casamento. Tudo que dura um tempo considerável está propenso a “cair na rotina”. O jeito é inovar! Buscar alternativas que saiam da “mesmice”. Acampar, sair com os amigos – a convivência com outros casais é muito válida –, preparar um café da tarde no jardim, apimentar a relação... Enfim, buscar meios para trazer a “paixão”, o “encantamento” de volta. Nunca é como no começo, o flerte, a palpitação, a empolgação. Depois, se torna algo mais sério, que também tem seu charme, e muito mais valor – é o que nos diferencia dos outros animais.
É interessante perceber como os casais são diferentes. Por exemplo, na minha casa, o dinheiro de um é do outro – lado bom: controle financeiro; lado ruim: interesses individuais nem sempre “rolam” –, enquanto outros casais gostam de pagar as contas fixas e cada qual fica com o seu salário. Como eu não vivo e não como sozinha, e a casa não é só minha, é dever do meu marido ajudar na limpeza, no almoço... Já algumas mulheres preferem cuidar pessoalmente dessas obrigações – ou, alguns homens não percebem que a história de “compartilhar”, é compartilhar tudo!
Muitos ainda conservam o pensamento de que o casamento é pra sempre. Não concordo! Se acabar o respeito, o amor, a felicidade, a cumplicidade, não acho saudável ir em frente. Tentar resgatar o que uniu o casal é válido. Viver de lembranças, não. Então, é bom fazer alguma coisa enquanto é tempo, enquanto ainda há esperança. Repito, o diálogo é a base para o entendimento. Um casal que não conversa, não se entende.
Os solteiros dão mil motivos para não se casarem.
Darei um motivo que já me faria dizer o sim novamente: Chegar em casa – na minha casa! Porque depois que casamos, compreendemos que a casa na qual morávamos, por melhor e mais aconchegante que fosse, foi construída, comprada, planejada, por outros dois sonhadores, nossos pais... estávamos lá de passagem, e é assim que deve ser – e saber que o que aconteceu durante o dia não significa nada comparado a ter alguém me esperando para me ouvir e tentar me entender. Alguém que minimiza as coisas ruins e comemora as boas. “É a certeza que se tem para onde voltar”!