Engraçado o país do carnaval, das mulheres sensuais e seminuas,
dos políticos corruptos e etc, ser tão conservador.
Tendo
como referência os países da América do Sul, o Brasil ocupa os primeiros lugares
no ranking de estatísticas quando o assunto é: mortalidade infantil, infidelidade
e violência, por exemplo.
Com
tantos problemas relevantes e que interferem, de verdade, na qualidade de vida
de sua população, o maior país e o mais populoso, possuindo também a maior
economia latina, não se ocupa desses setores, e mais: a educação, corrupção,
entre outros que nós conhecemos e vemos diariamente em jornais e afins.
O novo “problema”
do momento é a discussão gerada pela presidência do pastor e deputado Marco Feliciano na Comissão de Direitos Humanos. Acusado de falas racistas e
homofóbicas, ele é a “bola da vez”. E assim, o povo brasileiro tem uma nova distração
– garantir que seus direitos não sofram interferência de desejos e opiniões
pessoais do então presidente –, e os políticos – e as mídias – alimentam toda
essa confusão, deixando conteúdos primordiais para “escanteio”, como sempre.
É obvio
que apoio a destituição desse deputado de tal cargo. Não vejo a possibilidade,
por exemplo, de uma pessoa contra o homossexualismo representar a classe
enquanto representante dos direitos, também, das minorias. É um absurdo!
Pois é,
são pessoas assim que são eleitas para nos representar – e pelo "nosso" voto!
São
pessoas preocupadas em proibir que um papel legitime o que já existe há muito
tempo, a união homoafetiva.
Mas,
claro! Se dois gays, que já se relacionam e/ou já vivem juntos, assinarem um
papel no cartório dando-lhes direitos iguais aos meus, que sou hetero,
garantindo-lhes o direito pátrio ao casamento e suas ramificações (adoção,
partilha de bens etc – sem contar o valor afetivo do ato), é claro que isso
infere nos meus direitos e no bem-estar de toda a população. Certo!?
E com
essa mentalidade conservadora, arcaica, preconceituosa, vamos sobrevivendo (sem nenhum arranhão!?). E
assistindo de camarote ao progresso dos nossos vizinhos latinos. É! Aquele tal
progresso gravado na bandeira brasileira... aquele mesmo!
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