quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Batina, a máscara de alguns criminosos.


      Depois de assistir ao “Conexão Repórter” de ontem, que falava sobre padres pedófilos, fiquei indignada – é, a gente ainda fica assim perante fatos já sabidos!
     Participei do ECC este ano (Encontro de Casais com Cristo) com o intuito de conhecer casais, fazer novas amizades e tal, o pessoal do meu grupo é bem legal. Mesmo não compartilhando as mesmas ideias – e eles sabem disso -, a convivência com eles é boa. Em certa reunião, falávamos de como as pessoas são exemplos para outras, e eu citei a pedofilia cometida por padres. Oras! Que exemplo é esse!? A resposta que obtive foi unânime: “As pessoas não vão à missa por causa do padre”. É, mais ou menos, assim: o padre é um ser humano, cheio de pecados como nós e o que importa é Deus. Todos concordaram – e não poderia ser diferente – que esses crimes são desumanos e inaceitáveis.
      Mas, parece que esses padres pedófilos são desligados da imagem da igreja quando seus crimes são descobertos. A igreja continua intacta!
      Um momento, por favor!
    Quem consagrava a hóstia até então? Quem realizava matrimônios, batizados e ouvia a confissão das pessoas e as perdoava, em nome de Deus? Quem mesmo? Tudo bem, a resposta é Deus. Mas, quem era o intermediário?
      Os mesmos padres que abusavam sexualmente de meninos menores de idade!
     Então, como desligar a imagem de uma pessoa, que faz toda a diferença dentro do templo, da mensagem que a igreja quer passar?
      Meio difícil...
      Impossível, para mim.
     Acontece que alguns homens religiosos, como os padres citados na reportagem, por exemplo, não têm coragem de assumir sua homossexualidade - por ser "pecado" ou por qualquer outro motivo -, ou seus desejos sexuais promíscuos - por ser crime, no caso da pedofilia -, e encontram no sacerdócio a máscara perfeita. O lobo, confundido com um cordeiro.
      Estou me referindo aos padres por causa da reportagem, mas poderia falar sobre pastores que traem suas esposas. Enfim, o verdadeiro sentido deste artigo é tentar entender por que desejamos a benção vinda das mãos de líderes religiosos tão ou mais errantes que nós. E, se quem dá as graças é Deus, ninguém precisaria ir à igreja. Ou ainda acreditam que é lá que Ele mora?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Compartilhar "pontos de vista" é sempre engrandecedor. Obrigada pela visita e volte sempre!